segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Antene-se >>>> Funkadelic: Standing on the Verge of Getting It On


George Clinton formidavelmente se encontra na lista do bom samaritano das irrigações da música negra americana, não só por ser o fundador e mentor de dois grupos de Funk que melhor realizaram projetos ilustres de Soul-Jazz e a nova escola denominada Funk, mas também como um ícone de grande carisma e assentamentos muito pouco particulares, como a mistura de ritmos africanos, como o modal, além de ser o percussor do baixo como instrumento decisivo no mundo groove. 

Entre suas maiores criações se encontra a banda não tão conhecida, porém fundamental para a aparição de outros grupos de Funk, The Parliament, projeto piloto do que seria futuramente o Funkadelic. 

Com noções de fusion, as amostras conjugares do grupo são inimagináveis, as buscas ao modelo diversificado se desdobra a todo o tema, como uma espécie de ciclo voluntário. 

Quando o Funkadelic tomou a verdadeira base direta, Clinton já tinha em mente a alocação do modal em seu estilo e estudava muito a possibilidade de implantar Jazz com o modal, porém ele queria algo mais agressivo ao grupo, mais experimental e sincopado, sentia a real necessidade de segurar seu fluxo de ideias e mesclou Jazz, modal e rock, com temas de psicodelia e efeitos típicos, como moogs e pedais wah-wah, assim surgiu o Standing on the Verge of Getting It On, que é uma viagem única e alucinante, sem dúvidas, um dos maiores álbuns de Fusion que se detém notícia. 

As sátiras que se familiarizam com o The Mothers of Invantion, grupo de Zappa que estampava a ênfase de criticar com humor ácido os processos governamentais e políticos. Referenciar um estilo de bases com temáticas moldadas ao lirismo satírico é duplamente original, pois ao tempo em que a extensão do grupo se propaga ao experimentalismo aguçado, souberam dosar a estrutura harmônica com os reflexos dos campos sincopados mais eminentes e dissecantes. É por isso e por outros tantos motivos que falamos aqui dessa que é uma das obras primas do universo Funk.



Por Cauê Campanelli

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