terça-feira, 27 de setembro de 2011

A nova sensação da música paulistana - Criolo


O estilo que se caracterizou como a voz da periferia ganha um novo ídolo, Criolo Doido, ou somente Criolo como é chamado atualmente, MC, poeta e cantor do mais alto nível, com características bem marcantes, que algumas vezes contrasta e muito com a dos precursores do rap nacional.

Nascido em Santo Amaro, criado nas ruas do Grajaú, bairro periférico da capital paulista, Criolo se tornou a mais nova sensação do Rap e, de uma forma geral, da cena Underground do país. Para o espanto de muita gente, o rimador que ganhou popularidade há pouco tempo, já acumula uma bagagem de mais de 20 anos de carreira, foi inclusive o fundador da Rinha dos Mc’s, que deu visibilidade e oportunidade para o surgimento de muitos rappers da nova geração.

Após muitos anos de correria, sem deixar de acreditar no sonho, em 2011 conseguiu finalmente lançar seu primeiro CD – Nó na Orelha – produzido por Marcelo Cabral e Daniel Ganja Man. Este álbum, na minha opinião, é um marco na história do Rap nacional. Ele quebra todos os paradigmas de quem espera somente rimas consistentes e bases pesadas de um artista de Hip-Hop, como tradicionalmente conhecemos por aqui.

O 'Nó na Orelha' mescla faixas de Rap, com Samba, Raggae, Jazz, entre outras vertentes que dão um caldo um tanto quanto peculiar, nunca antes visto por aqui, enriquecem e muito a cena do Rap nacional e mostram claramente o potencial do Criolo também como cantor, com seu timbre de voz bem grave, levada inovadora e afinação impecável.

Eu, particularmente, já sou fã desse novo/velho nome da música brasileira, e a tendência é que cada vez mais pessoas se tornem também, visto que o álbum 'Nó na Orelha' foi um dos campeões de indicações do VMB 2011, disputando em 5 categorias, dentre elas, Vidoclipe e Artista do Ano, não é pouca coisa, vamos combinar.

Outra fator que aponta para uma popularidade em disparada é a humildade com que o Criolo fala da sua vida, trajetória e carreira, diferente dos rappers da década de 90, ele não tem qualquer marra ou preconceito pelo fato de vir da periferia, ainda que ostente orgulho e consciência sobre sua origem. Como os demais MCs, fala de amor, paz, liberdade e igualdade, mas não demonstra objeção alguma em expor sua imagem em programas de televisão, contato que for para divulgação do seu trabalho.

Bom, chegou a hora de para de falar para que vocês possam ouvir. Com vocês, Criolo, ao vivo tocando Subirudoistiozin:

 

Por (@Thiago Peixoto)

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